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Quando a carapuça serve, a gente combina o sapato

Hoje, mais uma vez, a minha garrafinha de água é a coisa mais interessante da geladeira do departamento de marketing.

E enquanto eu fechava a porta, pensava nisso. Acho “babacamente” interessante como o turbilhão de informação que rola na vida das pessoas me atinge de uma forma que eu nunca espero. Tipo, quê diabos de vida ultra-energética leva um analista que precisa de todo um pack de Gatorade até no trabalho? Será que ele corre depois do expediente e por isso não vai pro bar comigo? Se ele corre, porque eu não sei disso? Meu bar é tão desinteressante pra corrida dele quanto é a minha água para a geladeira? E finalmente, que água é essa que eu ando bebendo pra pirar assim?
Sei lá. Isso me aflige porque eu mesma sei que amanhã, vou esquecer que depositei minha garrafinha de água na geladeira. Ou vou achar muito melhor comprar uma Coca-Cola e morrer inundada no açúcar. Mas de qualquer forma, aquela garrafinha de água também não é interessante pra mim e é mais fácil esquecê-la.

Hoje, mais uma vez, meu papinho de bar é o assunto mais desinteressante da rede. E enquanto eu escrevia, pensava nisso.